O Rio Grande do Sul é composto por dois biomas: Pampa e Mata Atlântica; sendo que o primeiro é o único bioma brasileiro que é restrito a apenas um Estado, ocupando cerca de 63% do território gaúcho. É também um dos biomas que é marcado pela grande diversidade de fauna e flora ainda pouco conhecidas, tendo suas planícies em maioria compostas por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).

Já o bioma Mata Atlântica se estende pela costa leste, nordeste, sudeste e sul do Brasil, sendo composto, principalmente, por florestas tropicais e tendo uma biodiversidade semelhante à da Amazônia. Estima-se que cerca de 70% da população brasileira vive em áreas que são território da Mata Atlântica. Mas, você sabe por que é importante preservar estes biomas?

Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o bioma Pampa tem agido como dreno dos Gases de Efeito Estufa (GEE), pois a pastagem consegue compensar as emissões de metano produzidas pelo gado através da absorção de gás carbônico. Porém, desde 2019, nosso bioma tem enfrentado uma escalada nas taxas de desmatamento.

O desmatamento ou a conversão do terreno é uma intervenção de alto impacto ambiental e, no Brasil, necessita de uma Autorização de Supressão da Vegetação (ASV) para ser realizada. Entretanto, as condições climáticas já desencadeadas pelo aquecimento global atreladas ao desmatamento dos biomas Pampa e Mata Atlântica, podem causar graves prejuízos ao Estado, como períodos de estiagem cada vez mais longos, erosão do solo, entre outros.